ATA DA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
10-12-2009.
Aos dez dias do mês de dezembro do ano de dois mil e
nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às dez horas e trinta e sete minutos, foi realizada
a chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir
José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino Besson,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Paulinho Ruben Berta, Pedro
Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Toni Proença e Valter
Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli
Sell, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, Marcello
Chiodo, Nelcir Tessaro e Waldir Canal. Na oportunidade, o vereador Aldacir José
Oliboni manifestou-se, informando que, apesar de não ter registrado presença,
participou da Quadragésima Sessão Extraordinária realizada no dia de hoje.
Após, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 009/09, após ser
discutido pela vereadora Sofia Cavedon. Em continuidade, foi rejeitado
Requerimento de autoria da vereadora Maria Celeste e do vereador Pedro Ruas,
solicitando o adiamento, por cinco Sessões, da votação do Projeto de Lei do
Executivo nº 022/09, por cinco votos SIM e dezenove votos NÃO, após ser encaminhado
à votação pela vereadora Maria Celeste e pelos vereadores Reginaldo Pujol e
João Antonio Dib, em votação nominal solicitada pelo vereador Valter
Nagelstein, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni,
Maria Celeste, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e Não os vereadores Airto Ferronato,
Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Ervino
Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano
Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho
Ruben Berta, Reginaldo Pujol, Toni Proença e Valter Nagelstein. A seguir, o
senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do aniversário do vereador
Haroldo de Souza, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão
de felicitações a Sua Excelência. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Executivo nº 022/09, por vinte votos SIM e seis votos NÃO,
após ser discutido pelos vereadores João Antonio Dib, Maria Celeste, Valter
Nagelstein, Sofia Cavedon e Alceu Brasinha e encaminhado à votação pelos
vereadores Maria Celeste, Pedro Ruas, Nelcir Tessaro e Sofia Cavedon, em votação
nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ
Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mauro
Zacher, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Toni Proença e Valter
Nagelstein e Não os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Maria Celeste,
Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. A seguir, foi apregoado Requerimento
de autoria da vereadora Maria Celeste, deferido pelo senhor Presidente, solicitando
votação em destaque para o artigo 1º, para as Emendas nos 08, 10,
11, 12 e 13 e para a Subemenda nº 01 à Emenda nº 10, do Projeto de Resolução nº
024/09 (Processo nº 3523/09). Também, foi apregoada a Emenda nº 16, de autoria
do vereador Sebastião Melo, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
007/09 (Processo nº 5068/09), e aprovado Requerimento de autoria de Sua
Excelência, solicitando que a referida Emenda fosse dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, foi apregoada a Subemenda nº 01, de
autoria dos vereadores Elias Vidal, Líder da Bancada do PPS, e Luciano
Marcantônio, à Emenda nº 14, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 007/09, e aprovado Requerimento de autoria do vereador Luciano Marcantônio,
solicitando que a referida Subemenda fosse dispensada do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Em prosseguimento, foi apregoada a Emenda nº 02, de
autoria dos vereadores Elias Vidal, Líder da Bancada do PPS, e Bernardino
Vendruscolo, Vice-Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº
321/05 (Processo nº 7040/05), e aprovado Requerimento de autoria do vereador
Bernardino Vendruscolo, solicitando que a referida Emenda fosse dispensada do
envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi apregoado Requerimento
de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando votação em destaque para a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 321/05. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria do
vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando a retirada de tramitação do
Projeto de Lei do Legislativo nº 320/05 (Processo nº 7039/05). Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 214/09. Após,
o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos trabalhos deste
Legislativo no dia de hoje. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de
Resolução nº 024/09. Às doze horas e cinco minutos, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a
Sessão Ordinária de hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo
vereador Sebastião Melo e secretariados pelo vereador Nelcir Tessaro. Do que
eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata,
que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos
termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria
dos seus integrantes.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Na 41ª Sessão
Extraordinária da XV Legislatura, enfrentaremos a votação dos seguintes
Projetos: PLE 022/09 e PR 024/09. Depois, teremos Reunião Conjunta das
Comissões, também devidamente acertada na reunião das 9h de hoje.
O SR.
ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Eu só queria registrar que estava presente na
Sessão anterior; não registrei a minha presença, mas gostaria que constasse na
Ata.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo quórum, passamos
à
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1870/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 009/09, que
exclui o § 2º do art. 64 da Lei nº 6.253, de 11 de novembro de 1988, alterada
pela Lei nº 6.410, de 9 de junho de 1989, e pela Lei nº 10.480, de 2 de julho
de 2008. (Desincompatibiliza a percepção da gratificação por exercício de
atividade de lançamento, execução da receita e da despesa e empenho, com a de
quebra de caixa do funcionário afiançado.)
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Waldir Canal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, III, da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos ao PLE nº
009/09. (Lê.): “Exclui o § 2º do art . 64 da Lei nº 6.253, de 11 e novembro de
1988, alterada pela Lei nº 6.410, de 9 de junho de 1989, e pela Lei nº 10.480,
de 02 de julho de 2008”.
Vereador,
eu li a ementa; este Projeto refere-se apenas a um parágrafo. (Lê.): “Exclui o
§ 2º do art. 64 da Lei nº 6.253, de 11 de novembro de 1988, alterada pela Lei
nº 6.410, de 9 de junho de 1989, e pela Lei nº 10.480, de 2 de julho de 2008.”
De apenas um parágrafo trata este Projeto de Lei.
Em
discussão o PLE nº 009/09. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PLE nº 009/09.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Não está claro para mim o Projeto; então pedi para
nossa assessoria verificar que, de novo, estamos tratando de mais uma
gratificação, de diferenciação salarial via gratificações no Município de Porto
Alegre. Há um movimento muito importante, na minha opinião, dos médicos, e,
sendo dos médicos, sendo do Simers, pode ser que comecemos a mudar esse quadro.
Está na hora de o Governo Municipal se dar conta, e os próprios municipários já
sabem, mas fazem esforços e não têm respostas. Da penúltima greve realizada,
saiu um compromisso de o Governo Municipal fazer um debate da carreira dos
municipários. E a comissão que funcionou - e aqui, a Presidente Carmem deu o
depoimento - foi até o limite, tem proposta, construiu, e a própria Secretária
de Administração disse: “Não está na minha alçada de decisão política” - e
parou. Em vez de prosperar uma carreira que estimule os funcionários e os
valorizem, estimule a agregar mais formação na sua atividade de funcionário
público, agregar mais responsabilidade, e, por isso, receber um aumento
salarial, o Governo segue distribuindo benesses pontuais para um grupo, para
outro grupo; daí tem que vir projeto para adequar, como aconteceu na semana
passada, com os assessores jurídicos e uma vez com os Procuradores aqui e
outros ali.
Acho
que esse caminho não é bom, e, quando há um conjunto de gratificações que já
oneram a Folha, fazer a transição para a carreira não vai ter impacto salarial,
não vai ter impacto orçamentário importante. Agora, há uma mudança na forma de
valorizar e estimular o municipário. Eu quero chamar essa atenção porque apoio
integralmente, porque pertenço ao único cargo de Porto Alegre que tem carreira
- o cargo de Professor. Nós, em função disso, não temos penduricalhos; o único penduricalho
é a gratificação por difícil acesso. Então um conjunto muito pequeno de
professores a obtém, porque não conseguimos prover escolas de muito difícil
acesso, de risco. E isso é muito diferente. Só temos cem professores que não
têm Ensino Superior; os professores buscam qualificação, buscam pós-graduação,
porque, para mudar de letra, é importante continuar fazendo cursos. Então isso
faz uma diferença muito grande. Não é à toa que essa é a categoria mais
mobilizada, mais participativa, que evitou, em Porto Alegre, a terceirização da
merenda, que está “agrandando” aquele grande bolo com Canoas. Inclusive penso
que, hoje, o Prefeito Fogaça nos agradece, porque a nossa categoria, a dos
professores, mobilizou-se há cinco anos e disse “não” à terceirização da
merenda, uma proposta que o Governo Municipal, através do vice-Prefeito da
época, queria implementar em Porto Alegre. A categoria reagiu. Não é à toa que
essa categoria é uma das categorias que mais estudam, mais se mobiliza, que
mais se organiza com o conjunto dos municipários, porque tem plano de carreira.
Quero fazer este registro e dizer que as gratificações são ruins para todos.
O
segundo registro é sobre o DMLU. Eu tenho aqui uma análise da nossa assessoria
de aumento das Outras Despesas Correntes em seis anos, e, dentro disso, está a
terceirização. Em seis anos, houve um aumento de 830 mil reais gastos em
terceirização, em consultorias. São valores que não são usados, Ver. Aldacir
José Oliboni, para garantir funcionário público permanente, que se qualifique
com carreira; são valores repassados a serviços de terceiros. E nós sabemos
quantos problemas isso tem trazido, vide Sollus, vide consultorias, etc. Então,
observem o acréscimo: em 2004, eram 890 mil reais que eram utilizados em outras
despesas correntes. O valor foi subindo: em 2005, um milhão, 294 mil reais; em
2006, 1,3 milhão reais; em 2007, 1,5 milhões de reais; em 2008, 1,514 milhões
de reais; para 2009, está orçado 1,670 milhões de reais e, para 2010, está
previsto um 1,720 milhões reais. Portanto, nós temos 93% de crescimento de
terceirização, substituição de serviços de funcionários próprios por
terceirização, por serviços precarizados, funcionários que trabalham de forma
precária, sem direitos trabalhistas, com consultorias que não sabemos, na
realidade, o quanto contribuem, deixando de valorizar o funcionário público. E
esse é o caso do Sr. DMLU, que está quase todo terceirizado.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada a discussão.
Em votação o PLE nº 009/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenções dos Vereadores
Sofia Cavedon, Pedro Ruas, Maria Celeste e Aldacir José Oliboni.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3542/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/09, que
autoriza o recebimento em dação em pagamento pela concessão de 43.000m²
(quarenta e três mil metros quadrados) de Índices Construtivos das reservas
municipais de Solo Criado, as áreas de propriedade do Tribunal de Justiça
localizadas no quarteirão formado pelas Ruas Santana, Venâncio Aires, Olavo
Bilac e João Pessoa, nos termos das Leis Complementares nº 315, de 6 de janeiro
de 1994, e nº 434, de 1º de dezembro de 1999.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº
022/09. (Pausa.) Informo que recebemos em Reunião de Lideranças e Mesa Diretora
o Diretor-Geral do Tribunal de Justiça, Dr. Omar Amorim, que esteve aqui
longamente, juntamente com o Juiz Rinez da Trindade, para tratar sobre essa
matéria.
O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 022/09.
O SR.
JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou votar favoravelmente a essa permuta, até
porque, sendo entre Poder Público, eu acho que poderia ter sido doado ao
Judiciário, mas meu fico com uma dúvida cruel: por quanto é vendido o metro
quadrado do índice? Neste caso, está sendo permutado na razão de cem reais o
metro quadrado. Eu quero saber o preço médio de venda do índice construtivo. Eu
já pedi essa informação, ainda não a recebi, mas vou recebê-la sem dúvida
nenhuma. A Prefeitura tem um banco de índice e vende. Quero saber qual o preço
médio.
Devo
dizer que, neste caso, eu não discutiria, porque, se eu fosse Prefeito e me
fosse solicitada a dação, eu faria a dação sem dúvida nenhuma; eu proporia que
a Câmara aceitasse a doação, porque é Poder Público para Poder Público, e não
há problema algum, mas eu preciso saber o custo médio do metro quadrado de
índice construtivo.
Assim,
fica registrado que vou votar favoravelmente, mas esperando saber por quanto é
vendido o metro quadrado do índice construtivo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria Celeste
está com a palavra discutir o PLE nº 022/09.
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, este Projeto, que tem uma relevante importância para o nosso
Tribunal Federal, no que tange ao recebimento de índice construtivo nas áreas
de propriedade do Tribunal de Justiça, é um Projeto que foi iniciado em 2007.
Esta Casa já autorizou a primeira negociação. Chegou à nossa Casa em 21
setembro deste ano e, ao chegar na CCJ, eu solicitei ao seu Presidente
esclarecimentos sobre várias questões e ponderações que, para nós, trazem
dúvidas sobre o Projeto aqui em discussão. Quais foram as questões que nós
levantamos e sobre as quais solicitamos uma diligência ao Presidente da CCJ?
Essa diligência não foi acolhida, foi negada, o que nós lamentamos, porque há
questões importantes como a dimensão da área construída prevista para o prédio
e qual o impacto gerado na infraestrutura do entorno que gerou a necessidade de
obras de micro e macroacessibilidade, apontadas pelo EVU, citadas no processo
oriundo do Poder Executivo.
Outra questão necessária é quais consequências a alteração do Regime Urbanístico, pela incidência do Solo Criado para esse empreendimento de grande porte, potencialmente trará para a região. Que destinação terão os recursos auferidos pela concessão de 43.000m² de Solo Criado? Quais as medidas de macroacessibilidade apontadas pelo EVU que serão necessárias ao entorno do empreendimento? Há valor estimado e previsão orçamentária para a realização das obras de macroacessibilidade, que são obras de responsabilidade da Prefeitura Municipal, para o empreendimento, dada a urgência da aprovação do presente Projeto? Caso negativa a resposta ao questionamento anterior, há como afirmar que os termos de dação em pagamento, especialmente para a liberação da obrigatoriedade do Tribunal de Justiça em realizar as obras de macroacessibilidade necessárias, não trarão prejuízos e onerosidade desnecessária aos cofres do Município?
Essas
foram, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, as cinco questões que
encaminhamos, na forma de diligência, para que pudéssemos ter a clareza
necessária, a firmeza necessária para aprovar este Projeto. Houve resposta
negativa do Presidente da Comissão, que não considerou o nosso pedido. Nós
tivemos a oportunidade de receber o Desembargador, Dr. Rinez - eu e o Ver.
Pedro Ruas o recebemos -, perguntando quais eram as dúvidas, quais as
necessidades sobre a aprovação deste Projeto. Nós tivemos toda a concordância
do Desembargador, de que deveríamos encaminhar as nossas dúvidas ao Governo
Municipal e que o próprio Tribunal de Justiça iria gestionar, com Prefeito,
para que este respondesse as dúvidas desta Vereadora e da Bancada de oposição.
E nós não apenas tivemos negado o nosso Pedido de Diligências pelo Líder do
Governo como também não recebemos nenhuma resposta sobre os nossos
questionamentos.
Ninguém
aqui é contra a possibilidade de que haja a necessária ampliação, a relevância
dessa nova construção - não se trata disso -; trata-se de cumprirmos, mais uma
vez, a nossa obrigação de Vereadores e Vereadoras, cuidando da nossa Cidade
como devemos cuidar, discutindo as questões como devemos discutir, verificando
se, de fato, essas situações apontadas são pertinentes ou não, pelo aporte da
obra que se dará naquela região central da nossa Cidade. É disso que se trata,
quando uma Vereadora de oposição encaminha uma solicitação, uma diligência. E
quero aqui dizer: uma diligência que foi acordada com o representante do
Tribunal de Justiça numa conversa, em que ele referendou a necessidade da
resposta a esta Vereadora sobre as questões. E hoje eu vejo, Ver. Pedro Ruas,
que, além de ter sido negada pelo Vereador-Presidente da CCJ, não há respostas.
Como nós vamos votar um Projeto dessa magnitude, desse teor, sem as respostas
aos nossos questionamentos?
Portanto,
eu peço aos nobres Vereadores que tenhamos mais cuidado. Projetos com esse teor
e dessa magnitude precisam, sim, ter todas as suas questões pertinentes
consideradas e respondidas, especialmente as levantadas pela Câmara Municipal.
Obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Valter Nagelstein
está com a palavra para discutir o PLE nº 022/09.
O SR.
VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, em primeiro lugar, eu acho que nós estamos atendendo especialmente
àqueles que são militantes da atividade judiciária, que frequentam o Fórum,
Ver. Pedro Ruas, cotidianamente. Nós nos deparamos, de fato, com a sobrecarga
na capacidade para a qual o Foro Central de Porto Alegre foi projetado, e isso
é absolutamente evidente.
Nas
Varas da Fazenda Pública, por exemplo, é absolutamente assustador quando se
entra num cartório dessas Varas e se observa que os processos vão do piso até o
teto, ocupando absolutamente toda a área do cartório. E por aí vai, isso ocorre
nas Varas Criminais, nas Varas Cíveis, e, por força de não haver mais
capacidade de se fazer o atendimento correto, é que o Tribunal de Justiça
começa a diligenciar no sentido de construir a sede do seu novo Fórum - aliás,
serão dois -, e é exatamente isso que estamos examinando aqui.
Eu
faço minhas as palavras do Ver. João Dib. Acho que, para uma questão como essa,
Ver. João Dib, nem a permuta seria necessária, porque estamos atendendo a um
dos apelos maiores da sociedade. Aliás, eu diria que é uma das questões de
equalização da paz social o atendimento à Justiça, e isso interessa a todos
nós. Se dermos condições para que a Justiça do Rio Grande do Sul, em especial a
de Porto Alegre, possa ter infraestrutura e meios para atender o cidadão, as
partes, os advogados, os Promotores - os Promotores eu nem diria tanto, porque
o Ministério Público já dispõe das suas duas torres aqui -, será ótimo. Não
poderia e não deveria até nem ser por permuta, porque me parece ser obrigação
de todos nós dar meios e condições para que isso ocorra.
Este
Processo tramita aqui na Casa, e nós recebemos a visita do Dr. Omar Amorim,
Diretor-Geral do Fórum, e também do não menos querido amigo, Dr. Rinez da
Trindade, que estiveram, Ver. Pujol, nos nossos gabinetes, trazendo as
ponderações que eram absolutamente apropriadas.
A Verª Maria Celeste, num direito que lhe assiste, formulou esse Pedido de Diligência a este Vereador que se encontra na tribuna, na condição de Presidente da CCJ. Eu indeferi o Pedido - e o despacho é público, está à disposição de todos os Vereadores -, compreendendo que as três razões do Pedido eram inoportunas, com todo o respeito à pretensão da Verª Celeste. A primeira delas dizia a respeito à capacidade do trânsito e de absorção do impacto desse empreendimento naquela região. Pois bem, isso é questão de EVU, Ver. Beto Moesch. Então, não era o momento, na CCJ, de nós fazermos essa verificação, e é uma verificação que o Vereador pode, a qualquer momento, alcançar na Secretaria do Planejamento, Secretaria de Obras e Viação, ou seja, se nós deferíssemos a diligência pretendida, seria só e tão somente uma medida procrastinatória, que faria com que o processo se demorasse dentro da CCJ, quando, na verdade, por lei, já se é obrigado a proceder a todos esses estudos, exatamente para que haja autorização para a obra e para o empreendimento.
Também
S. Exa reclamou com relação a um documento que não havia sido
juntado, e eu, no meu despacho, informei que o documento que a Verª Maria
Celeste reclamava que não havia sido juntado era exatamente este, Verª Celeste,
este Processo que aqui está. Folheando a sua petição, o seu pedido, eu
verifiquei que era este documento.
(Aparte
antirregimental.)
O SR.
VALTER NAGELSTEIN: A Verª Celeste diz que não, mas é o entendimento
deste Relator, que o documento que era pleiteado, que era pretendido era este
documento que aqui está.
A
terceira formulação de S. Exa - e eu não estou conseguindo encontrar
aqui, Sr. Presidente, o Pedido no Processo - mas eu compreendi que, de fato,
todas as... Aqui está a Declaração de Voto, em aparte. Mas eu compreendi, Sr.
Presidente, que todas as... Aqui está: “Qual a dimensão construída e prevista
para o prédio?” Bom, quando se faz a DM, quando se começa a obra e vai se pedir
uma DM, é obrigatório que a parte apresente todos esses documentos. “Quais as
consequências de alteração do regime urbanístico pela incidência de Solo
Criado? E qual a destinação dos recursos auferidos pela concessão dos 43.000m²
de Solo Criado?” Bom, isso está definido em lei também. O recurso do Solo
Criado vai para um fundo que reverte, por um lado, para a habitação popular e,
por outro lado, para o Planejamento do Município. “Como é que isso impacta no
Plano Diretor?” Nós não tínhamos ainda votado a Lei do Plano Diretor, e a
resposta, portanto, estava prejudicada. Então, na verdade, Sr. Presidente, por
todas essas razões é que o Pedido foi indeferido. E eu respondo, aqui da
tribuna, por atenção a S. Exa, a Verª Maria Celeste.
Mas eu
quero dizer que, para além de tudo isso, eu acho que nós precisamos celebrar,
Ver. Ervino Besson, Ver. Toni Proença, nós, Câmara de Vereadores e Presidente
Sebastião Melo - isso são cumprimentos a V. Exa, à sua gestão -, ter
respondido a esse anseio do Poder Judiciário, e, de forma bastante ágil, termos
processado este assunto aqui, dentro da nossa Câmara de Vereadores, e
dado possibilidade para que iniciem as obras do novo Foro Central, que vai
atender às expectativas da cidadania e da sociedade porto-alegrense.
Portanto,
eu quero deixar aqui a minha palavra de cumprimentos à Câmara Vereadores por
nós estarmos hoje, neste momento, votando o presente Projeto de Lei, que vai
dar autorização para que essas obras sejam implementadas aqui na nossa Av.
Beira-Rio. E ainda, respondendo, Sr. Presidente, concluo dizendo que o impacto
de trânsito, com a duplicação da Av. Beira-Rio, já será imediatamente também
enfrentado. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLE nº 022/09.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, lembro do debate
que fizemos quando da proposta de construção do novo Fórum, e a nossa
contrariedade, a contrariedade da vizinhança, inclusive, pela altura que o
prédio alcançaria. E o argumento é aquele: “Ah, pois é, mas, se não subisse a
essa altura, nós teríamos um ‘blocão’ enorme tapando todo o terreno; é melhor
subir e afastar!”
E aí
eu quero voltar a conversar, aqui, Vereadores, porque, várias vezes, durante o
debate do Plano Diretor, eu dizia: “Não reduziu o índice construtivo. A
Prefeitura até está reduzindo 3m na altura, mas não reduziu o índice”. E essa é
a questão que vai acontecer em todos os empreendimentos: “Ah, nós precisamos
subir um pouco mais, nós temos índice, nós vamos cobrir o terreno!”
Então,
é um engodo, é um engodo! Eu quero deixar aqui registrado que isso pode enganar
muita gente, mas que muita gente não se engana. É um engodo essa história de
que a Cidade ficará mais baixa; eu achei que não precisaria Solo Criado para o
prédio do Fórum, porque, na discussão que nós fizemos, nunca conversamos sobre
Solo Criado. Então, eu tenho dúvidas, estou aqui, Ver. Dib, com dúvidas: qual é
a altura, de fato, que vai ter esse prédio? Nós já votamos contra, quando da
primeira autorização, porque era de 72m, mas não tínhamos - eu não tinha, posso
ter me passado - a informação de que precisaria de Solo Criado para fazer isso.
Estava se aprovando um Projeto Especial, subindo a altura máxima que, às vezes,
aqui, era 52, mas as afirmações eram de que, autorizado via Plano Diretor, o
prédio, ou seria um caixotão, ou, então, mais estreito e mais alto. E agora vem
para cá uma negociação para 32.000m² de Solo
Criado. Qual é a mudança que aconteceu? Não sei! E o Ver. Valter achou que não
deveria nem prestar as informações que a minha Líder encaminhou, muito
acertadamente, na CCJ.
O Sr.
João Antonio Dib: V. Exa permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Nobre Verª Sofia Cavedon, quando nós aprovamos a realização desse
Projeto, a Câmara aprovou, não se falou, pelo menos claramente, que seria
necessária a compra de Solo Criado.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: É verdade.
O Sr.
João Antonio Dib: Agora, é uma obra que não é uma especulação
imobiliária e que tem interesse social, inclusive, como estava me dizendo aqui
o Ver. Beto Moesch, porque os advogados vão poder resolver todos os seus
problemas no mesmo prédio; portanto, é importante que seja feito. E a
Prefeitura poderia até doar para o Judiciário essa área, o que não atrapalharia
a vida de ninguém. Olha, eu tive a curiosidade de saber por quanto a Prefeitura
vende o metro quadrado de índice. No caso está trocando por 100 reais o metro
quadrado.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Está aqui, Ver. Dib, há uma informação
interessante. O tamanho do custo disso, o valor: 40.000m² avaliados em 4,8
milhões de reais. A área dos terrenos que a Prefeitura está recebendo -
terrenos no quarteirão formado pela Santana, Venâncio, Olavo e João Pessoa - é
uma área nobre, deve valer 4 milhões, não sei - deixa-me ver que área é esta -;
está avaliada em 4,340 milhões de reais, mas eu também não tenho desacordo em
trocar um terreno. Eu espero que essa “caixinha de surpresa” não continue se
abrindo; a minha surpresa é o Solo Criado, Ver. Dib, porque eu me lembro muito
bem da argumentação, mas muito bem! Quando os senhores juízes nos apresentaram
o primeiro desenho do Fórum, era uma caixa assim, grandona! “Pelo Plano Diretor
nós podemos fazer isso aqui... Ah! Mas, vai ficar mais bonito, nós vamos fazer
mais alto e mais estreitinho!” Mas era dentro do Plano Diretor, e estão levando
40.000m² de Solo Criado, Ver. Dib. Só que vai sair maior do que nos contaram!
Prudentemente, acho, Verª Celeste, que não podemos votar a favor.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para discutir o PLE nº 022/09.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores;
Sras Vereadoras, eu venho a esta tribuna para falar um pouquinho por
que eu sou favorável às alturas. Por quê? Quanto mais espaço aberto, melhor é.
Devido à demanda, é necessário, sim, ter altura, Ver. Dib. Eu sou um Vereador
que pensa que deveria haver um limite para a altura, mas não 33m, 42m, mas que
fosse 100m de altura, Ver. Haroldo de Souza! Eu queria que fosse mais alto,
Ver. Valter Nagelstein, que houvesse espaços mais abertos e prédios altos, de
70m, 80m, 100m de altura, porque não adianta a Cidade não querer que cresça
para cima; só para os lados. Daqui a pouco, não vai ter mais como construir em
Porto Alegre, Ver. Ervino, simplesmente porque as pessoas não querem que façam
prédios altos, porque causam problemas; não querem que façam um caixote grande,
porque causam problemas! Eu sou favorável, porque o Fórum depende de uma
demanda grande, e a Cidade precisa do Fórum. Então, eu acho que a Cidade tem
que crescer para cima e fazer essa permuta, se possível. Mais ainda: sou
contrário ao que o Ver. Dib disse, que a Prefeitura poderia doar. Eu sou contra
doar coisas; gosto é de cobrar.
O Sr.
Ervino Besson: V. Exa permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Brasinha, eu também sou favorável à altura em alguns locais da
Cidade. Eu vou citar um exemplo: nós, um grupo de Vereadores, visitamos um
prédio da Goldsztein, onde mora o nosso colega Ver. Elias Vidal. Há uma
polêmica quanto à altura daquele prédio, mas eu pergunto a V. Exas:
é preferível a pessoa morar num prédio de grande altura e, quando desce pelo
elevador, encontra jardins, encontra piscina, encontra um local de lazer,
verde, ou a pessoa morar em um prédio de pouca altura e, quando desce as
escadarias, chega no pátio, e só encontra cimento? Então é uma discussão
extremamente importante. Eu acho que prédio de grande altura, como já disse,
onde a planta deixa condições, deixa uma reserva para que as pessoas tenham
contato com o meio ambiente, é um assunto importante. Acho que V. Exa,
também preocupado com a Cidade, tocou num assunto de extrema importância. Eu
acho que, em alguns locais, nós não podemos limitar a altura, Vereador, porque
é preferível a altura, mas que as pessoas terem condições de contato com a
natureza. Portanto, agradeço o aparte de V. Exa. É importante o seu
pronunciamento por estar, também, dando a sua opinião a respeito dos prédios da
nossa Porto Alegre. Muito obrigado.
O SR.
ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Ervino. Eu continuo dizendo que
defendo as alturas, Ver. Nelcir Tessaro, porque uma cidade que é quase toda
limitada à mesma altura não tem significado. Eu acho que quem combate tanto as
alturas, hoje, foi quem mais permitiu a construção de prédios grandes, altos,
aqui, Verª Sofia. No passado, vocês permitiram que o BarraShoppingSul
construísse quatro torres de 23 andares, e vocês vêm aqui combater o Fórum, que
é preciso e que vai suprir uma necessidade de Porto Alegre, e vocês não querem.
O Sr.
Beto Moesch: V. Exa permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Brasinha, eu, particularmente, também não sou contrário às
alturas, desde que com mais recuos e com uma área livre e vegetada.
O SR.
ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador. Então, volto a lembrar que,
aqui no Shopping Praia de Belas, estão construindo aquele prédio enorme. E quem
é que autorizou? Foi quem mandava no Município antigamente, que é a oposição
hoje, que é o PT, e que admitia que se fizesse isso. E, agora, vêm aqui dizer
que não querem altura?! Eu quero que Porto Alegre cresça! Se não dá para
crescer para os lados, vamos crescer para cima e vamos fazer prédios de cem
andares, de cem metros de altura, de 120 metros de altura, porque cidades assim
é que pensam para frente, que são modernas. Eu quero altura e quero, cada vez
mais, construção em Porto Alegre!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada a discussão.
Em votação o PLE nº 022/09. (Pausa.) A Verª Maria Celeste está com a palavra
para encaminhar a votação do PLE nº 022/09.
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu tinha entendido que não havia encerrado a discussão e havia me
inscrito para falar ainda pelo tempo da oposição. Nós, além de solicitarmos um
Pedido de Diligências, feito formalmente à CCJ, sobre os questionamentos que o
Vereador-Presidente da Comissão, quando esteve nesta tribuna, não respondeu,
encaminhamos também um Pedido de Informações ao Prefeito Municipal, que também
não nos respondeu - esse Pedido tem a data do dia 23 de novembro. No mesmo dia
em que protocolamos a diligência que nos foi negada, nós protocolamos também,
nesta Casa, um Pedido de Informações, que também ainda não chegou. Passaram-se
quase trinta dias, e não obtivemos respostas, e os questionamentos persistem.
Nós não podemos, simplesmente, passar um cheque em branco a essa transação que
está sendo feita, por mais que saibamos da importância, da necessidade da
construção do prédio para o Tribunal de Justiça.
Quando
eu era Presidenta desta Casa, recebi o Presidente, recebi a Ajuris com toda a
sua diretoria, que referiram-se à necessidade de implementarmos, naquele ano,
pelo menos a primeira tramitação de um projeto que autorizasse o Executivo a
fazer a relação com o Tribunal de Justiça, e houve toda a disposição desta Casa
- era final de ano como agora. Tivemos toda a deliberação e a ajuda da Câmara
Municipal, para que fosse, efetivamente, iniciado esse processo.
Para a
minha surpresa, passam-se dois anos, e, em setembro, chega a esta Casa o
Projeto da dação, e nós, imediatamente, encaminhamos várias questões, vários
encaminhamentos que não estão anexados no Projeto que nos foi enviado. Não
estão ali, não constam no Projeto do Executivo as questões que nós havíamos
levantado aqui. Foram cinco apontamentos que repetimos no Pedido de
Informações, eu e o Ver. Pedro Ruas. Recebemos o Desembargador numa audiência,
e ele teve toda a presteza e a boa vontade de acolher os nossos
questionamentos, e nos disse que falaria com o Prefeito, para que ele
respondesse às nossas questões e nos desse a segurança necessária para a
votação neste momento. Até agora, o Prefeito não se manifestou, não diz o que
vai fazer.
Nós
não estamos aqui argumentando contra a importância do prédio para o Tribunal de
Justiça. Não se trata disso; trata-se da garantia necessária do Executivo local
sobre as questões especialmente pertinentes à Prefeitura Municipal, que são as
obras de macroacessibilidade. Não se trata aqui, Ver. Brasinha, de querer mais
altura ou não querer, de querer uma Cidade mais alta, com mais recuo; trata-se
da garantia necessária das questões pertinentes ao Projeto, porque, senão, mais
uma vez, a Câmara Municipal vai se omitir, vai passar um cheque em branco para
a Prefeitura Municipal de Porto Alegre fazer o que bem entende. E depois, quem
será lesado? A população de Porto Alegre, porque as obras de
macroacessibilidade do entorno da obra precisam ser realizadas. Internamente, o
Tribunal de Justiça se comprometeu, e diz isso e apresenta isso no Projeto. As
obras de microacessibilidade estão garantidas, mas qual é a garantia do Governo
Municipal nas obras pertinentes da contrapartida necessária da Prefeitura
Municipal? Isso não nos foi respondido.
Portanto,
não temos acordo em votar desta forma este Projeto, neste momento, no dia de
hoje.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Pedro Ruas está
com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 022/09.
O SR.
PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste, este é um Projeto que
poderia ser aprovado, mas não nessas condições. Na verdade, nós saímos, agora,
de uma discussão, de uma votação, de um conjunto de decisões da maior
seriedade, da maior importância, que é o Plano Diretor. Quando nós votamos,
debatemos, discutimos, acordamos, divergimos, enfim, o Plano Diretor - e temos
hoje um trabalho concluído nesse aspecto -, entendemos de dissecar o conjunto
da Cidade, estabelecer normas inclusive quanto a projetos especiais que,
obviamente, balizam, do ponto de vista daquilo que importa aos próximos dez,
vinte ou trinta anos, as ações da Cidade, principalmente no setor imobiliário;
não somente, mas especialmente.
O
Projeto carece de esclarecimentos, e não é por menos que, de fato, a Verª
Celeste coloca, com razão, um Pedido de Informações, o PI nº 183, assinado
também por este Vereador, mas que ainda não tem resposta.
Ora,
nessas circunstâncias, não tem como encaminhar favoravelmente. Até poderia
haver possibilidade com essas dúvidas esclarecidas! O Projeto, por exemplo - e
acho que a Verª Maria Celeste falou isso na discussão ou no encaminhamento, e
eu tinha anotado antes -, libera o Poder Judiciário das medidas compensatórias
de macroacessibilidade. Essa é uma discussão séria! Como podem liberar? Liberam,
simplesmente! Além do mais, temos aqui 43.000m² de índices construtivos, e por
todo o teor do projeto do Executivo, compreende-se que há um projeto do próprio
Tribunal de Justiça, porque, senão, como se sabe, por exemplo, que são
43.000m²?
Se há
um projeto - e essa é uma das questões -, nós queremos vê-lo, queremos
entendê-lo. Essa é uma área nobre, importante, faz diferença em termos de
ambiente, em termos de temperatura, é um acréscimo ao que já existe. Isso me
parece ser de bom-senso.
Eu
falei com o Juiz de Direito Rinez da Trindade, e me pareceu, também, que S. Exa,
com a maior boa vontade, gostaria que essas questões fossem esclarecidas. Há
uma questão de responsabilidade nossa e poderemos ter – e, neste
encaminhamento, nos propomos a fazer, Verª Celeste, se houve o entendimento
majoritário da Casa - um adiamento, até que venham essas respostas; um
adiamento de cinco Sessões, enfim, de três a cinco Sessões, mas que possa
permitir esse esclarecimento.
Nas
condições atuais, sem esses esclarecimentos, por óbvio, nós não temos condição
de votar a favor, não temos, porque, em função da responsabilidade que temos
com o Município e do respeito ao próprio Plano Diretor que votamos, num
trabalho exaustivo do conjunto de Vereadores, não há como votar favoravelmente
a um Projeto que deixa inúmeras dúvidas, que poderia ter clareza se houvesse
essas respostas - as quais podem existir, há um Pedido de Informações. Neste
momento, não é possível encaminharmos favoravelmente, pois as dúvidas são muito
grandes. É possível, não digo que exista, mas é possível que nós tenhamos
prejuízos graves à Cidade e ao próprio Plano Diretor aprovado na Casa.
Por
isso, do meu ponto de vista, do ponto de vista do PSOL, há dois caminhos
possíveis para o dia de hoje: o do bom-senso, o adiamento, em primeiro lugar,
e, se isso não for possível, nós não encaminhamos favoravelmente; encaminhamos
contrariamente à votação do Projeto. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Nelcir Tessaro
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 022/09.
O SR.
NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Sras e Srs. Vereadores;
público que nos assiste, eu venho a esta tribuna, porque nós estamos discutindo
um assunto que apenas está adequando uma situação criada pelo Executivo. Nós
sabemos como foi feita essa transação, lá em 2006, quando o Tribunal de
Justiça, sabendo que a necessidade dessa expansão seria de utilidade pública
para o bom atendimento a todo o cidadão, não se apercebeu de que havia, naquele
local, no terreno que era para ser edificado, que foi transacionado com o
Estado, com a Justiça, a passagem de uma rua. Hoje nós estamos, simplesmente,
fazendo a adequação. O Tribunal de Justiça necessita de um espaço físico para
atender à comunidade. Só nós, Ver. Pedro Ruas e demais colegas advogados que
militam, que estão aqui hoje neste Plenário, podemos falar da deficiência do
atendimento do nosso Foro Central de hoje, onde cinco mil pessoas transitam,
diariamente, entram e saem, ficam horas esperando, porque o acúmulo nos
cartórios não tem sequer espaço para atendimento das pessoas. Os cartórios hoje
colocam senhas nas portas e pedem para advogados e partes ficarem do lado de
fora, para não entrarem, porque não há espaço para permanecerem cinco pessoas
em pé. Isso não é atendimento digno. A Ordem dos Advogados do Brasil, através
do nosso Presidente, Cláudio Lamacchia, vem, há muito tempo, insistindo numa
Justiça mais dinâmica, num atendimento mais justo ao cidadão e ao advogado, que
precisa, sim, ir lá dar um serviço de qualidade ao seu cliente. A nossa
Justiça, como se diz, “tarda, mas não falha”, mas ela tarda demais, e, quando
se faz justiça, essa justiça já perdeu o seu sentido. Há processos na Justiça
de dez, 15 anos, e as pessoas aguardando; elas nem sequer vão ver o resultado,
pela falta de espaço, pela falta de condições de trabalho tanto dos servidores
da Justiça quanto dos advogados e funcionários que transitam lá. Nós não
podemos estar aqui discutindo hoje o EVU, o Estudos de Viabilidade Urbana, porque
não fizemos isso quando foi para liberar o Memorial do Prestes! Não fizemos
isso! Imediatamente, neste Plenário, porque era do Prestes, da Federação Gaúcha
de Futebol, nós acolhemos e aprovamos! Não houve discussão! Não houve saber se
esse prédio vai ser mais alto, ou aquele mais alto... Não! Por que aquilo podia
ser discutido, simplesmente, por dois ou três no Plenário? E por que, Verª
Maria Celeste, ali nós aprovamos, e hoje não, quando é para atender ao cidadão,
para atender à comunidade, para atender a um serviço essencial do povo? A
Justiça é essencial, nós estamos aqui discutindo o EVU. O EVU virá no trâmite
do Processo e vai ser adequado ao nosso Plano Diretor! Nós não estamos pedindo
nada de mais, nem nada de menos! O que o Tribunal de Justiça quer é celeridade
para que ele possa dar andamento ao processo de construção deste novo Fórum. Eu
acho que está na hora de aprovarmos imediatamente este Projeto, Projeto que é
do interesse público, Projeto pelo qual a sociedade clama que seja aprovado
imediatamente! Nós não precisamos ficar discutindo três, quatro, cinco dias, ou
como está este aqui, desde 2006. Nós não podemos estar fazendo isso. Tardou
demais! Agora, quando vimos, já havia tramitado em diversas Comissões. Tardou,
sim! Felizmente, estamos votando no final do ano, momento em que, com certeza,
o Tribunal de Justiça não terá tempo de fazer a sua licitação, aprovar os seus
projetos, terá de prolongá-los até o ano que vem e, quem sabe, lá em 2011,
inicie-se essa construção.
É
tarde demais, sim, para quem conhece o dia a dia, o sofrimento dos advogados,
meu colega Ver. Pedro Ruas, o sofrimento para quem entra no Foro Central e quer
ser atendido, principalmente naquelas varas que atendem ao Poder Público, as
Varas da Fazenda, onde, muitas vezes, o advogado é tratado pelos funcionários
como qualquer um, e não podemos exigir mais, o advogado perde seu direito de
exigir, porque aqueles funcionários, aqueles servidores não têm condições de
trabalho naqueles cartórios abarrotados de processos. E a gente pode dizer: lá,
sim, a gente pode dizer que as pessoas se escondem atrás dos processos, porque
esses ficam dois metros acima da sua cabeça. Então o funcionário, o servidor,
fica escondido atrás para não atender mesmo. Obrigado, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, peço a atenção do
Plenário. Há um Requerimento de adiamento da votação desta matéria por cinco
Sessões, que acaba de chegar à Presidência dos trabalhos, assinado pelo Ver.
Pedro Ruas e pela Verª Maria Celeste.
Quero
cumprimentar e chamar para receber um singelo, mas carinhoso, cartão, o Ver.
Haroldo de Souza, que está de aniversário hoje. Meus cumprimentos! (Palmas.)
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Maria Celeste,
que solicita o adiamento da votação do PLE nº 022/09 por cinco Sessões.
(Pausa.)
A Verª
Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento que
solicita o adiamento da votação do PLE nº 022/09 por cinco Sessões.
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, para tranquilizar o Ver. Haroldo, eu não vou usar os cinco minutos,
não há necessidade desse tempo, mas há necessidade de estar aqui demarcando a
nossa posição e dizendo por que nós estamos pedindo o adiamento da votação
desse Projeto por cinco Sessões.
Desde
o início deste Processo, quando ele chegou às minhas mãos, na CCJ, nós fizemos
um esforço enorme para convencer, primeiro, o Presidente da Comissão; depois, o
próprio Prefeito, no sentido de nos encaminhar as informações necessárias
pertinentes às dúvidas que aqui eu elenquei: cinco itens solicitando que nos
respondesse sobre a questão da macroacessibilidade.
Eu
vou, mais uma vez, reiterar que é uma obra extremamente importante, não há
dúvida sobre isso; todos nós estamos num grande esforço para que, de fato, o
Tribunal de Justiça possa implementar as suas instalações e atender
adequadamente à população. Não se trata disso, até porque o Tribunal de
Justiça, no próprio Processo, demonstrou e cumpriu com todas as suas obrigações
dentro das questões, no que é pertinente às obras da microacessibilidade; ou
seja, aquilo que é de responsabilidade do Tribunal de Justiça está cumprido,
está constatado no Processo.
Ocorre
que, na parte da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, não constam quais as
medidas que o Prefeito tomará, especialmente para a questão da
macroacessibilidade do entorno dessa obra. É uma obra que tem um impacto, sim,
sobre aquela região. E quais são as medidas mitigadoras que o Governo toma em
relação a esse impacto?
O
Estudo de Viabilidade Urbana, no Memorial Prestes, Ver. Tessaro - talvez o
senhor não lembre, eu vou aqui retomar -, veio por exigência da Câmara
Municipal. Nós solicitamos o Estudo de Impacto, ele foi encaminhado, e não há
dois pesos, duas medidas; pelo contrário, há, aqui, coerência por parte desta
Vereadora - da oposição desta Casa -, que mantém a mesma postura em relação aos
mesmos projetos que aqui se apresentam com o mesmo teor! Não há favorecimento
aqui; há coerência, a coerência que nós demonstramos no Plano Diretor da
Cidade, quando apontamos várias questões importantes, e a coerência que tivemos
em relação ao Projeto do Memorial Prestes, que envolve a Federação Gaúcha de
Futebol. A mesma coerência, a mesma exigência, o mesmo cuidado que lá
apontávamos, apontamos neste Projeto.
Quero
dizer que a presidência do Tribunal de Justiça esteve aqui representada pelo
Desembargador deliberado pelo Presidente, que conversou conosco, colocou-se
totalmente à disposição para encaminhar as questões pertinentes e queria,
inclusive, gestionar com o Prefeito Municipal, pessoalmente, no sentido de
encaminhar as respostas de um singelo Pedido de Informações. Nós estamos aqui
cumprindo o nosso papel e a nossa atribuição. Se há dúvidas, essas dúvidas e
esses questionamentos devem se reportar à Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Não há boicote; há um cuidado, um zelo e uma coerência de nossa parte, quando
nós solicitamos a documentação necessária para esclarecimento de dúvidas. Mas
não há, vou repetir, nenhum gesto de boa vontade nem do Presidente da CCJ,
muito menos do Prefeito Municipal, que, até agora, não respondeu ao Pedido de
Informações.
Portanto
nós estamos solicitando, sim, o adiamento da votação deste Projeto até que
cheguem às nossas mãos as informações necessárias para darmos andamento a essa
votação. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Reginaldo Pujol
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento que solicita o
adiamento da votação do PLE nº 022/09 por cinco Sessões.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, as Lideranças do Partido do Trabalhadores e do PSOL, num direito
legítimo, buscam o adiamento dessa votação. E as alegações são, sobremaneira,
aquelas trazidas à tribuna pela Liderança do Partido dos Trabalhadores. Quer me
parecer, Ver. Toni, que a discussão está presa em algumas coisas que são
formalidades, meras formalidades. Eu ouvi a reclamação da Verª Maria Celeste e
já ouvi, em inúmeras oportunidades, a afirmação da Liderança do Governo de que
essas respostas estão contidas no próprio Processo, e que basta observar o
processo administrativo que acompanha o Projeto de Lei, onde, nesse particular,
está tudo detalhado. Então, a confirmação da Diretoria Legislativa, da juntada
de documentos, é esclarecedora nesse particular.
Então,
Presidente, todos nós estamos reconhecendo a importância da construção do novo
prédio do Fórum da Cidade. A construção desse prédio foi objeto das mais amplas
discussões. O Conselho do Plano Diretor examinou o prédio anexo para ter
estacionamento dos veículos, o que é altamente confortador, pois prevê uma área
de estacionamento que vai não só servir aos servidores que vão trabalhar no
prédio do Poder Judiciário como também os advogados que terão um andar inteiro
disponibilizado, Ver. Beto Moesch. Essa é uma decisão do Conselho do Plano
Diretor - está documentado esse particular.
Então,
com o maior respeito à postura do PSOL e do PT, acho que essa matéria está mais
do que madura para ser votada. Nós até tínhamos dito à Liderança do Governo, ao
Ver. Valter Nagelstein, que não iríamos encaminhar a votação pela simples razão
de que achamos que essa matéria tem que ser votada, e não mais discutida, e
sobreveio esse Requerimento, que nós estamos examinando com o maior respeito,
mas, ainda que seja examinado com o maior respeito, nós temos que,
respeitosamente, recomendar que a sua rejeição tem que ocorrer agora, e já,
para que a Casa possa, tranquilamente, votar o Projeto de Lei. E nós estamos
preparados para fazer isso, até porque os esclarecimentos foram todos
satisfatórios, no nosso entendimento, e o Ver. Braz, que tem me acompanhado em
várias situações, me ajudou a examinar o Projeto sobre a sua juridicidade.
O
nosso parecer é muito simples, muito objetivo, muito conciso; porém, como diz o
Ver. Dib, muito preciso. A matéria é legal, não digam que o Município não vai
ter a contrapartida, pois ele está recebendo, em troca do Solo Criado, dois
prédios: um, na Olavo Bilac; outro, na Venâncio Aires. Querem maior
contrapartida do que isso? Dispensada das macroconsequências da implantação do
Projeto, é assumir essa responsabilidade! O Município tem que assumir alguma coisa.
Em qualquer cidade do Rio Grande do Sul, a construção do Fórum Municipal
representa uma festa para a Cidade; o Município cria todas as condições para
que ela se realize; aqui nós fizemos negociação, recebemos até contrapartida e
estamos criando dificuldade para que a obra deslanche. Temos que aprovar este
Projeto agora, já! Por isso temos que ser contra o Requerimento das ilustres
Lideranças que o firmaram.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento que solicita o
adiamento da votação do PLE n° 022/09 por cinco Sessões.
O SR.
JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, serei muito breve. Nós já aprovamos
para o Tribunal de Justiça a construção de um prédio com 26 andares; então nós
não estamos fazendo uma coisa nova aqui. Nós já conhecemos o Projeto, em parte,
pelo menos.
Agora, eu quero chamar a atenção para o fato de estamos já no dia 10 de dezembro, e este não é somente o dia do aniversário do Ver. Haroldo de Souza, mas é também o da Carta Universal dos Direitos Humanos; eu tenho que lembrar sempre dos deveres, e é nosso dever dar condições para que o Judiciário faça o prédio. É bom lembrar que existem verbas vinculadas e que, quando termina o exercício, essas verbas desaparecem, não mais são vinculadas, não poderão ser usadas. Então, é muito importante que seja resolvida, hoje, aqui, agora, a autorização para essa permuta, porque a Prefeitura sai ganhando, o povo de Porto Alegre sai ganhando duas vezes: primeiro, socialmente, porque o prédio vai reunir, num só local, todos os cartórios, todas as necessidades que têm os advogados para resolverem os seus problemas, facilitando a vida de todos; em segundo lugar, porque vai receber terreno no valor de 4,340 milhões de reais. Portanto, eu acho que não há o que adiar; há, sim, que votarmos imediatamente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Valter Nagelstein, o Requerimento de adiamento da votação
do PLE n° 022/09 por cinco Sessões. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO
por 05 votos SIM e 19 votos NÃO.
A Verª
Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 022/09.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, a suspensão da votação, neste momento, ajudaria esta Casa a não
assinar um cheque em branco. É um acinte à Câmara de Vereadores não nos
oferecerem todas as informações para votarmos! Temos que partir do pressuposto
que temos que acreditar que o Executivo está encaminhando bem os temas. E não é
isso o que acontece em várias situações. Isso é abrir mão do nosso papel de
fiscalização!
É um
absurdo, existindo o EVU, o Governo não mandar para a Casa o EVU, para
entendermos, Ver. João Antonio Dib, as razões pelas quais a Cauge diz que
precisa, para realizar o Projeto, de mais 43.000m² de Solo Criado. Quando
votamos o Projeto, há um ano e pouco, não necessitava de Solo Criado - veio Lei
para cá, e não necessitava. E o argumento era o de que precisávamos mudar a
altura, porque o Plano Diretor permitia. Entra o Projeto para o Governo, o
Governo faz um conjunto de avaliações, com as Secretarias, recomenda, chega à
conclusão de que precisa de nada mais nada menos - não são 100m²; não são 200m²
- que 43.000m² de Solo Criado!
Lembra-se
da tabelinha, Ver. Ervino Besson? A sua tabelinha, no Plano Diretor, dizia que,
a cada 100m, sobem 3m; a cada 100m comprados de Solo Criado, sobem, automaticamente,
3m, não é, Ver. Ervino? Dividam para ver quantos metros de altura pode subir
com esta compra aqui, pelo novo Plano.
Só que a Casa não sabe, Ver. Dib, qual é a altura desse prédio; não veio no Processo. Não veio! Já era altura máxima, já eram 72m sem esse Solo Criado. Com 43.000m² de Solo Criado - que é muito solo! -, os engenheiros que me ajudem: quantos andares dá para fazer, Ver. Dib, com 43.000m²? Depende de qual é o tamanho desses andares.
Ver.
Pujol, eu não tenho noção do que estamos aprovando. Então, temos que confiar
plenamente no Governo. V. Exa, que é base do Governo, deve confiar,
mas eu não posso confiar, porque sou oposição, para começar, porque já tivemos
aqui vários problemas que, por sermos oposição, evitamos, como foi a
superfaturada licitação do DMLU; se não tivesse havido denúncia, seria um rombo
para a Prefeitura, e foi evitado, como foi evitada, Ver. Dib, a terceirização
do controle do ISSQN - foram 20 milhões de reais, de lambuja, que evitamos na
Justiça.
Então,
não confiamos no que o Governo Fogaça faz! Não confiamos! Cheque em branco, nós
não assinamos, porque há problemas. Há problemas nos recursos da Sollus, há
problemas no Programa Integrado Socioambiental.
E aqui
entregam 43.000m² de Solo Criado, e nós não podemos ver o EVU, não podemos ver
as razões por que precisa mais Solo Criado! Não podemos! Os Vereadores têm que
dizer que está muito bem, obrigado, Ver. Brasinha! E aí, qual é o impacto
quando aparecer o prédio? Qual é o impacto?
E
ainda mais o seguinte: o Poder Judiciário, que tem recursos federais... Tanto o
Município fala que os Municípios não têm dinheiro, que o Governo Federal fica
com a maior parte do bolo, e aí o Município diz que o Poder Judiciário não
precisa da conta de obras viárias aqui. Mas como assim? Estão abrindo mão do
dinheiro Federal, sabendo que essa área é conflituadíssima, que não existe
lugar para estacionar, que as ruas são estreitas? E o Governo não cobra do
Governo Federal uma contrapartida para a obra viária?! Mas está frouxa a
Prefeitura de Porto Alegre; está sobrando grana! Isso aqui é uma conversa de
amigos.
(Aparte
antirregimental.)
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Eu sou a favor... Tudo bem, é estadual, Ver. Dib.
Que seja, pede uma contrapartida do Governo Federal.
Então
não dá! É um cheque em branco que nos pedem. Nós queremos as razões que estão
lá no EVU, por que precisa tanto Solo Criado.
Já era
um monstro. Vai ficar muito maior. O nosso voto é “não”.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, esta
matéria precisa de maioria absoluta para a aprovação; portanto, estão
convocados os Vereadores para virem ao Plenário. Vou colocar em votação a
matéria.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, o PLE nº 022/09. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 20 votos SIM e 06 votos NÃO.
Apregoo
o Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste, solicitando votação em
destaque do art. 1º, do PR 024/09, e das Emendas nº 08 e nº 10; e da Subemenda
nº 01 à Emenda nº 10; Emendas nº 11, nº 12 e nº 13 ao PR nº 024/09.
Apregoo
Emenda nº 16, de autoria deste Vereador, ao PLCE nº 007/09.
Em
votação o Requerimento, de autoria deste Vereador, que solicita a dispensa de
envio da Emenda nº 16 ao PLCE nº 007/09 às Comissões da Casa. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
a Subemenda nº 01 à Emenda nº 14, de autoria dos Vereadores Elias Vidal e
Luciano Marcantônio, ao PLCE nº 007/09.
Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Luciano Marcantônio, que solicita a
dispensa de envio desta Subemenda nº 01 à Emenda nº 14 ao PLCE nº 007/09 às
Comissões da Casa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
Emenda nº 02, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, ao PLL nº 321/05.
(Lê.): “Cria o Programa de Adequação da Frota de Veículos do Poder Público
Municipal ao uso do Gás Natural Veicular.”
Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita
a dispensa de envio da Emenda nº 02 ao PLL nº 321/05 às Comissões da Casa.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita destaque
à Emenda nº 02 ao PLL nº 321/05.
Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, de retirada de
tramitação do PLL nº 320/05. Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Convido
os Srs. Vereadores a aproximarem-se da Mesa para fazermos acertos de votação.
(Pausa.) Srs. Vereadores, agradeço e peço a gentileza que retornem às suas
Bancadas.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 4339/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 214/09, de
autoria dos Vereadores Luiz Braz e Adeli Sell, que altera a al. “n” do inc. III
do art. 15, o parágrafo único do art. 19, o § 2º do art. 20, o § 3º do art. 21,
o “caput” do art. 22, a Seção III do Capítulo III, o art. 39, o nome da Seção
II do Capítulo IV, o art. 40, o art. 41, o “caput” do art. 44, o nome da Seção
II do Capítulo V, o “caput” do art. 48 e o “caput” do art. 56, inclui Seção
III-A no Capítulo III, todos da Lei nº 10.605, de 29 de dezembro de 2008,
dispondo sobre a prestação de serviços ambulantes de chaveiro, e revoga o
subitem 3.2.6 do Anexo I da Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº
214/09, de autoria dos Vereadores Luiz Braz e Adeli Sell. (Pausa.) Não havendo
quem queira discutir. Em votação o PLL nº 214/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Convido
novamente os Srs. Vereadores a se aproximarem da Mesa para tratarmos assuntos
da ordem dos trabalhos. (Pausa.)
Lembro
aos Srs. Vereadores que, às 14h, teremos aqui a presença de representantes da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, concomitantemente, também
entregando, de forma muito rápida, o Título de Cidadão de Porto Alegre à dupla
Kleiton e Kledir.
DISCUSSÃO
GERAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª
SESSÃO
PROC.
Nº 3523/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/09, de autoria da
Mesa Diretora, que altera o § 3º do art. 31, o art. 96, o “caput” do art. 97, o
§ 4º do art 98 e o § 1º do art. 219 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de
1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, dispondo sobre eleição de presidente e vice-presidente das
Comissões Permanentes, definição de Indicação e de Pedido de Providência,
comunicação dos Pedidos de Providência não atendidos à Comissão de Constituição
e Justiça – CCJ – e convocação de suplente. Com Emendas nos 02 a
05, 07, 08, 10 a 15, e Subemenda nº 01 à Emenda nº 10.
Parecer Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela aprovação do
Projeto e das Emendas nos 02 a 05, 07, 08, 10 a 15, e Subemenda nº
01 à Emenda nº 10.
Observações:
-
discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA.
- retiradas as Emenda nos 01, 06 e 09.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão, em 1ª
Sessão, o PR nº 024/09. (Pausa.) Não havendo nenhum Vereador inscrito, está
cumprida a 1ª Sessão de Pauta do Regimento. Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 12h05min.)
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